terça-feira, 6 de dezembro de 2011

As mentiras que os Cristãos contam: a mentira que não temos outros deuses

Esta é a terceira postagem de uma série que faço com o título geral, “AS MENTIRAS QUE OS CRISTÃOS CONTAM”. Penso que esta é a mais terrível e grave de todas as mentiras que os Cristãos contam. Não estou classificando a idolatria como pecado grande ou pequeno, pois pecado sempre é pecado. Estou dizendo em nível de conseqüências para a vida do homem. Se você pegar a Bíblia para ler, verá que de todos os pecados que o homem cometeu, a idolatria foi o que Deus mais condenou. Foi o que trouxe mais sofrimentos e desgraças para o homem. A idolatria nos leva para longe de Deus Verdadeiro, e nos aproxima de coisas que nada são. Porem ao longo da história do judaísmo e do Cristianismo este mal sempre cresceu como uma erva daninha.

Talvez você imagine que estou me referindo aos inúmeros santos existentes no Catolicismo (afinal evangélico sempre fala disso). Bem se você pensou isso, pensou equivocadamente. A idolatria a que me refiro não escolhe nome de Igreja. Ela surge sorrateiramente. Entra na vida da gente como um gato faminto e sem dono que invade nossa casa. Chega com cara de coitado, quietinho, pedindo um pouquinho de comida com seu olhar triste e sofredor. Nós o alimentamos, ele se vai. Volta noutro dia, com seu olhar sofredor implora mais um pouco de comida, após come vai novamente embora. E dia após dia ele vai e volta. Até que ele descobre que é mais fácil ficar. E se nós não tomarmos cuidado em poucos dias está dormindo em nossa cama.
Em nossos dias a idolatria, chega sorrateiramente. E querendo, querendo toma o lugar do Deus Eterno. Ela chega como àquilo que nós admiramos. Chega com roupagem fina, de primeira linha. Então trocamos a adoração ao Deus Vivo pela adoração a igreja X, ao pastor fulano, ao cantor beltrano. Embora o contexto seja outro Romanos 1:25 se aplica muito bem “pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.”
É interessante como “inocentemente” isso acontece. Vem uma enfermidade, uma dificuldade qualquer, e nossa fé, nossos irmãos de nossa Igreja, nosso pastor não são capazes de nos ajudar, aliás, nem o Senhor Jesus. Temos que fazer uma cruzada até a igreja X, Y ou Z. Procurar o pastor Zé das Couves, o Apostolo Tião da Alface, o Patriarca Manoel da Farinha ou o semi-deus João Abacaxi para que a fé deles resolva nossos problemas.
Não teríamos nós, nossos irmãos, nossas Igrejas fé suficiente para que pudéssemos clamar? Não servimos nós ao mesmo Deus, não cultuamos em nossas Igrejas ao mesmo Deus que na outra Igreja?
Há algum problema em buscar auxilio a outros irmãos de outras Igrejas? Claro que não. O problema é quando nos esquecemos que nosso corpo também é templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19), quando nos esquecemos que nossa fé também move montanhas (Mateus 17:20), quando nos esquecemos que nossa fé que nos salva (Lucas 18:42, Lucas 17:19, Lucas 7:50, Lucas 8:48, Mateus 9:22, Marcos 10:52, Marcos 5:34).
Talvez diga então: a bíblia diz que um Jesus curou o servo de um centurião romano por intermédio do pedido do centurião (Mateus 8:5-13). O que posso lhe dizer é que Jesus é o único intermediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2: 5,6), Jesus é o Sumo-Sacerdote, (Hb.6:19,20), que intercede pelos pecadores (Is.53:12), e que Ele prometeu que tudo que pedirmos ao Pai no nome DELE, ELE nos daria (João 15: 16 e João 13 – 15). E em João 14: 12 Jesus afirma “Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai;”. Ou seja, a promessa DEle é para todos os servos DEle, não para um grupo seleto. Porem “...as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. (Isaías 59:2). Assim achamos mais fácil viver uma vida de pecado e buscar auxilio em subterfúgios humanos recorrendo a pseudo-santidade de lideres e de Igrejas, do que buscar nós mesmos estar na presença do Senhor e viver em santidade.
Temos vivido dias terríveis onde muitos líderes querem para si títulos cada vez mais santos e ungidos. E nessa luta e busca pelo “poder”, o senso crítico de muitos cristãos é abalado, isto é, quanto mais ungido e separado o líder for, mais grupos de Cristão vão acreditar confiantemente e até cegamente nos ensinos e pensamentos desse líder sem se prestarem a fazer uma análise Bíblica de seus ensinos, pois não é necessário, já que este é detentor da “visão”, é alguém intocável, inspirado por Deus, separado, diferente de todos, fica implícito até uma infabilidade, isto é, virou um Papa Evangélico. Por ser mais ungido alguns terão medo de criticá-los, de analisaram sua postura e isto é perigosíssimo, pois mais fácil os crentes poderão ser levados por qualquer vento de doutrina. (paragrafo extraído do blog iconoclastasdoevangelho)
Não podemos viver uma vida de mentiras, permitindo que a idolatria viva em nossos meio com uma roupagem de santidade. Antes devemos nos curvar somente do Senhor dos Senhores que vive e reina eternamente. Devemos respeitar nossos pastores, devemos estar em comunhão em nossas Igrejas. Mas não podemos permitir que nosso respeito, carinho, admiração e amor ofusquem nossos olhos e se transforme em idolatria a homens. O mandamento do Senhor é: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura... Não as adorarás, nem lhes darás culto” (Ex 20.3-5). Afinam o maior de todos os mandamentos é claro: “amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.” (Mateus 22:37)

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