
Mas quem são os responsáveis por tudo isso? Um pergunta simples, possui uma resposta simples: os Cristãos. Nós nos conformamos com este mundo. Tornamos-nos à forma do mundo. Permitimos que o mundo entrasse em nossas Igrejas. Permitimos que o mundo entrasse em nossas mentes, que o mundo entrasse em nossas vidas, mesmo sendo alertados a quase 2000 anos sobre o perigo disto acontecer:
“Sabe, porém, isto, que nos últimos dias virão tempos difíceis; pois os homens serão amantes de si mesmos, avarentos, pretenciosos, soberbos, maldizentes, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, insolentes, presunçosos, amando mais os prazeres do que a Deus, tendo a aparência de piedade, porém negando o poder dela. Foge também destes homens. (2 Timóteo 3:1-5)
Simplesmente ao invés de obedecermos a ordem do senhor de fugirmos daqueles que fazem com que nossos dias se tornem difíceis, nos aproximamos deles, e permitimos que eles nos influenciassem. Quando devíamos ser exemplos, nos tornamos iguais àqueles que devíamos evitar. Quando devíamos fazer a diferença nos acomodamos, e aceitamos passivamente ensimamentos de homens maus.
Acreditamos que o “lugar do sal é fora do saleiro”, mas nos esquecemos de que sem Jesus nada podemos fazer. “Eu sou a videira; vós sois as varas. Aquele que permanece em mim, e no qual eu permaneço, dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5). Acreditamos que nosso lugar “é fora do saleiro”, mas nos esquecemos que uma pedrinha de sal em um mar bravio torna-se irreconhecível, sem sabor, sem utilidade, ineficaz. Esquecemos-nos que uma brasa fora da fogueira perde sua capacidade de produzir calor rapidamente. Passamos a comprar ficado e não pagar a conta, ou melhor, deixamos Deus “pagar a conta” para nós, e contamos isto como se fosse uma benção vinda dos altos céus, enquanto damos prejuízos as pessoas.
Deixamos nossa fé se tornar um modismo qualquer. Afinal hoje em dia é chique ser Cristão. O que é difícil é pagar o preço de ser Cristão. Muitos de nossos lideres preferiram ser apóstolos, profetas, patriarcas, a quarta pessoa da trindade (se é que isso é possível, pois se for 4 deixa de ser trindade), ou o próprio Deus, querem ser super estrelas. Tornaram-se os filhos de Zebedeu de nossos dias (Mateus 20: 20-23). Mas não querem ser pastores segundo o coração de Deus, (“Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência” Jeremias 3:15) que buscam tão somente se esforçarem para se “apresentar diante de Deus aprovado como obreiro que não tem de que se envergonhar, e que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Timóteo 2:15).
É vergonho ver que temos uma tão grande missão,
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional; e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1-2),
e que permitimos que essa missão se tornasse uma mentira em nossas vidas. Concentramos-nos mais em nosso orgulho, em nossa aparência, em sermos vistos e admirados na televisão em horário nobre, em programas de grande audiência, em nossos títulos que traz honras somente para nos mesmos, em templos suntuosos e cheios de pessoas com corações vazios, mas carentes e sedentas do amor vivificador de nosso Deus.
Nosso marketing Cristão diz que somos uma geração que louva e que adora. Vemos Igrejas abarrotadas de pessoas. Vemos eventos ao ar livre grandiosos. Vemos novos cantores, novos pastores, novas Igrejas surgindo a cada dia. Vemos pastores e cantores a todo instante na mídia. Mas não vemos vidas moldadas à imagem a semelhança do Deus verdadeiro que sonda corações e que não pode ser comprado por nossas riquezas, por nossas mentiras, por nossos desejos puramente carnais. Vemos pessoas sedentes de sinais e milagres, mas não tão sedentas por uma vida de santidade.
Não permita que a verdade de transformarmos o mundo, se torne uma mentira por meio de seus atos, de sua vida e em sua vida. Mas permita que Deus te use como instrumento de transformação, de edificação, de regeneração, “porque fostes comprados por preço (...).” (1 Coríntios 6:20) Não se conforme com o pouco que o mundo te oferece, pois "(...) olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam". (1 Coríntios 2:9)